O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apresentou nesta sexta-feira (22/9) o projeto de revitalização do Mercado São José das Artes, popularmente conhecido como Mercadinho São José, localizado em Laranjeiras.
Durante o evento, foi anunciado que o consórcio das empresas Junta Local e Engeprat, estruturado pela Konek Transformação Imobiliária, será o responsável pela gestão do espaço pelos próximos 25 anos.
O valor de outorga oferecido foi de R$ 5 mil por mês, mais 10% do faturamento com patrocínio, publicidade e eventos. O investimento privado previsto é de R$ 8,5 milhões para obras de readequação e requalificação do mercado.
Com o contrato assinado, o consórcio iniciará o licenciamento do projeto e, em seguida, as obras, que devem durar um ano. A previsão de reabertura do Mercadinho São José é no segundo semestre de 2024, ano em que o espaço completará 80 anos.
Esse é um mercado muito tradicional de Laranjeiras e da Zona Sul carioca, uma área turística. O projeto ficou excepcional, lindo, tocado pelo setor privado. Teremos aqui, certamente, um novo ponto de encontro de cultura e gastronomia no Rio de Janeiro
Comenta Eduardo Paes
No início deste ano, a Prefeitura adquiriu o prédio e o terreno ao lado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por R$ 3 milhões, em negociação entre o prefeito Eduardo Paes e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Queríamos manter o mercadinho como um centro cultural e gastronômico, devolvendo-o totalmente revitalizado. E no terreno ao lado teremos esse anexo para agregar mais espaço ao mercadinho. Então, ele vai renascer com suas características originais, mantendo os boxes, mas também ganhando restaurantes, áreas de exposição e eventos. Acreditamos que a entrada pelo anexo ao lado ficará mais amigável, e teremos atividades durante manhã, tarde e noite, trazendo movimento para o bairro e qualidade de vida para o morador de Laranjeiras e para os turistas
Disse Gustavo Guerrante, Presidente da CCPar
A Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) realizou um chamamento público de 60 dias com a participação de três grupos.
Após análise técnica das propostas, a comissão selecionou o vencedor com base no projeto que melhor se adequou ao uso gastronômico e cultural, com maior valor de investimento e melhor oferta de outorga.
Após as obras, o pátio interno, agora climatizado, ganhará uma cobertura.
O espaço também contará com uma área de convívio ao ar livre no terraço e três pavimentos no prédio anexo ao mercado, que poderão ser utilizados para eventos culturais, restaurantes e feiras.
Temos uma responsabilidade enorme porque o bairro de Laranjeiras tem uma memória afetiva desse espaço e que queremos preservar. Aqui já foi um tipo de mercado que a cidade do Rio não tem mais, com produtores e onde as pessoas podiam ir no dia a dia para comprar verduras, frutas e legumes produzidas no estado do Rio. Vamos modernizar e atualizar o mercado, trazendo um pouco da proposta da Junta Local de valorizar a relação direta com o produtor, com comida boa, local e justa. Hoje em dia os mercados modernos têm um pouco de tudo, então ele cumpre a função das compras do dia a dia. Nossa proposta é a de que cada box tenha um produtor gastronômico, seja uma queijaria, uma peixaria ou uma loja de vinhos. Mas que também tenhamos espaços para produtores venderem legumes, produtos orgânicos. Enxergamos a gastronomia como uma ferramenta de conhecimento, para as pessoas saberem de onde a comida vem e como ela é feita. Queremos um espaço de uso híbrido, então de manhã pode ser uma coisa e durante a noite outra.
Thiago Nasser explica os planos para a administração do Mercadinho São José
O Mercadinho São José
A história do Mercadinho São José começou quando o então presidente Getúlio Vargas decidiu adaptar suas baias para criar um mercado e fornecer alimentos mais acessíveis à população durante a Segunda Guerra Mundial.
O local, que já serviu como senzala e celeiro de uma fazenda localizada no Parque Guinle durante o Império, foi inaugurado como mercado em 31 de maio de 1944.
Após décadas de abandono a partir dos anos 60, o mercado passou por uma revitalização em 1988 e foi declarado patrimônio em 1994.
Desde então, se tornou um polo cultural e gastronômico da Zona Sul. No entanto, a infraestrutura do mercado começou a se deteriorar e ele foi fechado em 2018, quando o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), então proprietário do imóvel, conseguiu retomá-lo judicialmente.
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Fonte: Prefeitura do Rio
Imagem: Reprodução
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