Chacina de Vigário Geral completa 30 anos

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No dia 28 de agosto de 1993, um evento trágico marcou a história do Rio de Janeiro, quando 21 pessoas foram assassinadas por policiais militares em uma chacina ocorrida em Vigário Geral.

Essa data emblemática para o fracasso da segurança pública no país será marcada por uma série de homenagens e ações simbólicas.

Para lembrar e honrar a memória das vítimas, uma placa será instalada na Praça Catolé do Rocha, na mesma região, contendo os nomes e profissões das pessoas que perderam suas vidas nesse triste episódio.

Além disso, o Cristo Redentor será iluminado de verde, um símbolo de esperança por dias melhores e de luta contra a violência.

Às 19h30, está programada uma missa celebrada pelo arcebispo do Rio, cardeal Orani João Tempesta, na comunidade de Vigário Geral, como forma de prestar homenagem e conforto espiritual às famílias das vítimas.

A chacina ocorreu como um ato de vingança à morte de quatro policiais militares, provocada pela organização criminosa que controlava o tráfico na região.

Contudo, as vítimas da chacina foram escolhidas aleatoriamente e, ao final das investigações, nenhuma delas tinha relação com a quadrilha que matou os agentes.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, 52 PMs foram denunciados. No primeiro processo, denominado Vigário Geral I, foram 33 denunciados, com 7 condenados, 19 absolvidos, 5 mortos, 1 impronunciado e 1 foragido. Na fase chamada de Vigário Geral II, um segundo processo, foram 19 denunciados, com 9 absolvidos, 9 impronunciados e 1 morto.

Atualmente, as famílias das vítimas recebem uma pensão administrativa de três salários mínimos mensais, destinada às vítimas de violência causada por agentes do Estado.

Os nomes e profissões das vítimas que estarão presentes na placa do monumento em memória dos mortos são:

  • Adalberto Souza – ferroviário;
  • Amarildo Bahiense – frentista;
  • Cléber Marzo Alves – gráfico;
  • Clodoaldo Pereira da Silva – industriário;
  • Edmilson Prazeres da Costa – mecânico;
  • Fábio Pinheiro Lau – estudante;
  • Gilberto Cardoso dos Santos – vigia;
  • Guaraci de Oliveira Rodrigues – auxiliar de enfermagem;
  • Hélio de Souza Santos – metalúrgico;
  • Jane Silva dos Santos – dona de casa;
  • Joacir Medeiros – comerciante;
  • José Santos – serralheiro;
  • Lúcia Silva dos Santos – costureira;
  • Lucinéia da Silva Santos – metalúrgica;
  • Luciene da Silva Santos – estudante;
  • Lucinete da Silva dos Santos – recepcionista;
  • Luciano Silva dos Santos – gráfico;
  • Luis Cláudio Feliciano – auxiliar administrativo;
  • Paulo Roberto dos Santos Ferreira – motorista;
  • Paulo César Gomes – pedreiro;
  • Rúbia dos Santos – gráfica.

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Imagem: Márcia Foletto / Agência O Globo

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