Após um longo período de oito anos, o MetrôRio enfrentou uma condenação em primeira instância por ter agredido artistas de rua que se apresentavam na Estação Central do Brasil, no Centro do Rio, em novembro de 2015.
As vítimas, que foram alvo de agressões por parte dos agentes de segurança do metrô, finalmente obtiveram uma decisão favorável da Justiça, que determinou a indenização por danos morais.
A triste cena foi registrada por passageiros que presenciaram o momento em que os artistas se apresentavam dentro de um vagão. Os agentes de segurança se aproximaram e alegaram que a apresentação era proibida.
Posteriormente, na chegada à estação, os artistas foram forçados a sair do metrô, desencadeando uma confusão.
Um dos músicos agredidos, Yuri Rodrigo Genuncio, relembrou o acontecido: “A gente só estava indo em direção à Central quando resolvemos fazer umas músicas, até os seguranças chegarem e nos obrigarem a sair.”
Vídeos gravados pelos próprios artistas documentam seus apelos para que as agressões cessassem. As câmeras de segurança da Estação Central do Brasil também registraram as agressões, que envolveram socos e tapas.
A Justiça do Rio, agora, após oito anos, determinou que o MetrôRio indenize os artistas por danos morais. A decisão estabelece que um dos músicos seja compensado com R$ 30 mil em razão dos ferimentos e sequelas sofridos.
Outros dois músicos receberão R$ 15 mil cada, também por danos morais.
O advogado Davi Monteiro, representando os artistas, considerou a decisão justa e expressou a intenção de lutar por ela caso haja recurso: “Dentro do que a gente pediu, foi uma decisão que fez justiça e, a partir de agora, é aguardar se eles vão recorrer e lutar em outra instância se houver recurso.”
Na época das agressões, não havia nenhuma proibição explícita em relação a apresentações artísticas no metrô. Somente quatro anos depois, em 2019, uma decisão judicial passou a proibir esse tipo de manifestação nas estações de barcas, trens e metrô.
Os músicos agredidos esperam que a decisão judicial não apenas lhes traga justiça, mas também sirva de alerta contra a violência e inspire discussões em torno dos direitos dos artistas de rua.
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Fonte: G1
Imagem: Reprodução Vídeo
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